terça-feira, 17 de abril de 2012

O mundo pode não acabar na quarta de cinzas



Por Caliana Mesquita



O Brasil se prepara para o momento mais esperado do ano, a festa de Carnaval, a mais tradicional e característica folia do povo brasileiro. No meio da avenida correndo atrás do trio, no meio dos sambódromos do Rio ou de Sampa, ou mesmo “freviando” pelas ruas do Recife, a alegria toma conta do país. A bandeira nacional, nesta época, torna-se multicor, pois é no carnaval que todas as raças, classes, sexo e grupos se tornam um só.



No meio da multidão faminta for musica, bebida, paixão, amor e sexo o folião curti o carnaval como se o mundo fosse acabar na quarta feira de cinzas. Corre atrás do trio como se fosse a Arca de Noé , bebi como se a fonte da cevada fosse se esvair no dia seguinte, beija como se estivesse em uma competição para o Guinness, ama como quem encontrou a sua alma gemia no meio da avenida e transa como se o corpo clamasse o ultimo suspiro sexual.

Bahia


O problema deste fervor de desejos e vontades é na quinta feira perceber que a quarta passou, a quinta chegou e o mundo não acabou.E o que restou foi uma tremenda dor de cabeça, fruto da folia do carnaval.


É perceber que se envolveu em uma briga e foi parar na policia sujando o nome por causa de um flerte mal flertado. É olhar o carro é perceber o tremendo prejuízo por ter bebido de mais enquanto dirigia e ver um amigo ser enterrado por causa da sua euforia. É ir ao medico e perceber que pegou uma baita de uma doença por ter beijado demais bocas duvidosas e/ou esta gerando um filho da “farra”. E, ao contrario da festa, as consequências não duram apenas uma semana, estas perduram por muito e muitos carnavais.


Rio
Mas o Senhor Carnaval não deixa só dores de cabeça na quarta feira de cinzas não. As vezes ele costuma ser bem generoso e deixa consequências bem mais gostosas de serem lembradas, depois que tudo acaba. Seja um amigo que te enturmou quando você estava se sentindo um peixe fora d’água no meio do bloco, seja um grande amor que parecia ser passageiro mas de repente, no meio do ano te liga te pedindo em casamento.


Entre dores e amores, quem nunca conheceu ou viveu uma história de carnaval? No meio da multidão encontrar um grande amor ou um grande amigo, é sorte ou destino? Sair feliz ou ferido é caso ou acaso? Isso só vamos saber na quarta feira, quando a multidão de foliões abrir alas para as cinzas de lagrimas ou confetes que irão aquecer as avenidas, durante o ano, para o próximo carnaval

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